O Caminho nos contos de fada
Os comentários colocados antes do conto não são interpretações, mas apenas algumas dos temas que ele inspirou, dentro da nossa intenção de ligar os mitos ao cotidiano. Se a história ou o comentário disser algo a você também, não hesite em se colocar! >E as ilustrações procuram seguir, brincando, o Caminho do texto.
Essa ligação eu enxerguei como um Caminho.
A função desse Caminho é unir o caminhante á sua própria história, porque quem toma o Caminho errado pode viver a história errada.
Por exemplo, se Rapunzel pegar o Caminho da Cinderela, o sapatinho não caberá no seu pé, ela não se casará com o Príncipe e, provavelmente, vai continuar trabalhando de graça para a Madrasta.
Da mesma forma, quando a gente tenta fazer um Caminho que não é o nosso, as coisas tendem a dar errado – ou, ainda pior, a dar certo da maneira errada.
Claro que os heróis e heroínas dos contos de fada costumam pegar o rumo certo.
Mas nem para eles é fácil conseguir isso. Por exemplo, para entrar no Caminho, Rapunzel teve de fazer uma renúncia e Branca de Neve arriscou a vida.
De todo modo, na maioria dos casos, o Caminho leva à transformações pessoais, a começar por mudanças na forma de enxergar o mundo. Assim, o dono do Gato de Botas só (só?) precisou confiar cegamente nele, mas Bela Adormecida teve de acordar de seu lindo sono.
Às vezes o Caminho é solitário, como para o Príncipe Sapo, e às vezes exige rupturas, como para Peter Pan e Wendy.
Pode haver trechos monótonos e difíceis, como a cotidiana trabalheira de Aladim, e também finais abruptos, como aconteceu com João Pé de Feijão.
Então, podemos pensar que o Caminho terminou, mas talvez apenas esteja fazendo uma curva e por isso não o vemos mais. Assim, a Mulher Foca mudou, e seguiu adiante de outra forma e em outro meio.
Apesar de tantas diferenças, todas as histórias têm algo em comum: as situações levaram o caminhante ao melhor de si mesmo, e o caminhante levou as situações ao melhor delas mesmas.
É como se o mundo interno – o que o caminhante é – entrasse em sintonia com o mundo externo – suas circunstâncias.
Foi assim que a pobre Gata Borralheira se tornou a Princesa Cinderela.
Esse final feliz é o que chamo de achar o Caminho certo.
Para mim, é disso que tratam os contos de fada.
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E que cada um de nós possa encontrar o seu caminho… Parabéns! Beijos.
Nossa, que descoberta maravilhosa saber desse seu livro, Bia! Espero que possa voltar a compartilhar esses recontos. Adorei que tenha como eixo a questão do caminho. è bem significativo pra mim e certamente por isso fiquei empolgada quando li esse post. Abraços
Nossa, que descoberta maravilhosa saber desse seu livro, Bia! Espero que possa voltar a compartilhar esses recontos. Adorei que tenha como eixo a questão do caminho. è bem significativo pra mim e certamente por isso fiquei empolgada quando li esse post. Abraços
Nara, que bom saber disso! Que o caminho mágico (e muito real) dos contos de fadas ilumine sua vida!
Gratidão, Bia! Eu que sou muito feliz por conhecer o trabalho de vocês, mulheres maravilhosas. um bj