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MULHERES MARCANTES: Jane Addams (1860/1935)

Jane Addams foi uma assistente social e ativista americana, sufragista, feminista e pacifista , ganhadora do Prêmio Nobel da Paz, em 1931. 

O seu pai já revelava uma visão de mundo mais libertária, defendendo publicamente a abolição da escravatura. Jane pretendia ser médica mas tinha uma constituição física frágil, o que a levou a desistir desse propósito.

Numa viagem a Londres conheceu os Serviços Sociais da capital inglesa e sentiu nascer em si uma nova vocação. 
Ao regressar a Chicago, tornou-se uma fervorosa defensora da paz e da justiça social, razão pela qual resolveu criar instituições que protegessem os imigrantes e os trabalhadores de todas as raças. 

Com a sua amiga Helena Gates Starr, instalaram-se num barracão, para albergar um serviço de assistência social laico que ficou conhecido como Hull House. Foi inaugurado em 1889 e Jane foi, até à sua morte em 1935, sua chefe – residente. 
No Hull House foram instalados jardins de infância, uma agência de emprego, oficinas, campos de recreação, biblioteca, escola de música e aulas de artesanato, clubes, entre outras coisas. Muitas mulheres residiam e trabalhavam lá. 

Jane Addams escreveu muitos livros e artigos sobre as experiências no Hull House, além de proferir inúmeras palestras tanto nos Estados Unidos, como em diversas outras partes do mundo. 
Participou de inúmeras associações em prol do direito de mulheres, negros, imigrantes e das liberdades civis e com seu ativismo ajudou a criar leis de proteção a crianças, mulheres e aos trabalhadores. Foi uma veemente defensora do voto feminino.

No começo do século XX Jane engajou-se no movimento pacifista. Durante a Primeira Guerra ela e outras mulheres de países em guerra ou neutros fizeram em 1915, em Haia, o Congresso Internacional de Mulheres, tentando acabar com a guerra. 
Ela manteve sua opção pacifista, mesmo quando em 1917 os Estados Unidos entraram na guerra. Continuou trabalhando na Liga Internacional de Mulheres pela Paz e Liberdade – que ajudou a fundar – uma organização sem fins lucrativos e não governamental, trabalhando para “unir as mulheres de diferentes visões políticas, filosóficas e religiosas, de locais e origens variadas, determinadas a estudar e a trabalhar para a divulgação dos motivos para a existência da guerra e do esforço permanente pela paz” e para unir globalmente todas as mulheres que se opunham à opressão e à exploração. Foi sua primeira presidente. 

Em função de seu trabalho ganhou em 1931 o Prêmio Nobel da Paz. 
Morreu em Chicago, em 1935, aos 75 anos.

2 comentários

  1. Olá Cristina, adorei conhecer essa mulher, uma inspiração!
    Abraço

  2. Que Mulheres Fantásticas, não Cristiane? Vamos divulgá-las?
    Bjs
    Cris

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