Texto de ANDRÉA FORTES
A Andrea Fortes nos mandou um email, ainda em dezembro do ano passado, contando como a leitura do nosso livro estava repercutindo nela. Nele ela dizia:
” Bom dia, queridas Bia e Cris. Hoje eu acordei inspirada. Deve ser a chuva que não para de cair por aqui. Ou o livro de vocês, que não para de me intrigar. Lembrei de mulheres marcantes na minha vida e joguei tudo o que eu estava sentindo no meu blog. Podem ter certeza, tem muito de vocês naquelas linhas.“
Veja abaixo texto dela que saiu no blog – http://mundorosadedeinha.blogspot.com
Ontem eu fiquei algumas horas no telefone com algumas pessoas queridas. Telefone não, skype, senão o bolso não aguenta. Me dei de presente estas horinhas simplesmente porque estava exausta e não tinha coragem de sair na rua. Tudo parado, engarrafado. Foi bem bom. Estava com saudades desta coisa de jogar conversa fora, sem hora para acabar. Uma das pessoas com quem eu falei foi a Elisa, amigona de Curitiba. Ela vai ser a mãe da Fefê, que deve nascer a qualquer momento. E é uma das heroínas que eu encontrei na vida. A Elisa, na verdade, representa uma série de amigas minhas, mulheres poderosas que estão construindo suas jornadas. Ela comentou que ficou bem curiosa sobre os assuntos que eu andei escrevendo. Sobre o feminino, a jornada do heroi, as mulheres. Coincidência ou não, ontem eu também retomei a leitura do livro “O feminino e o sagrado”, que já comentei no blog. Ele narra as histórias de vida de mulheres com diferentes experiências e que têm, em comum, grandes conquistas. Todas elas passaram por mudanças e tiveram que reinventarem-se a partir delas. Sofreram, quebraram a cara, buscaram alternativas espirituais, fortaleceram-se e recomeçaram suas vidas. Diferentes, melhores, mais fortes. Em comum, também, elas tiveram coragem de enfrentar seus fantasmas, de entrar na floresta e de, em alguns momentos importantes, buscarem dentro de si respostas que não encontraram lá fora. Eu tenho gostado muito de ficar sozinha, remoendo minhas ideias, pensando na vida. Parece que quando eu estou no meu cantinho, comigo mesma, uma paz invade minha alma e eu consigo respirar de verdade. Nestas horas, tenho pensado na minha jornada. E em como queimar um pedaço da minha fantasia de Mulher Maravilha. Combinei com a Elisa que poderíamos fazer um ritual e incendiarmos juntas as nossas fantasias. Para construir outras, diferentes, inesperadas, mais leves. Pra isto, vamos precisar trocar ideias e, literalmente, nos despirmos de pre-conceitos. Considerando que grande parte destas mulheres maravilhosas que eu citei está num momento bem parecido na vida, acho que vai ter muita fumaça por aí. Não nos assustemos. Renascer das cinzas é tão mitológico quanto percorrer a jornada do heroi. E pode ser ainda mais divertido.
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