Jung fala sobre o Self
O Self é a menor de todas as coisas que pode ser facilmente preterida e colocada de lado. De fato, ele precisa de ajuda e necessita ser percebido, protegido e como que formado pela consciência, e isto de tal modo, como se antes não existisse e só tivesse sido chamado à existência pelo cuidado e dedicação do homem. Mas, muito pelo contrário, a experiência nos mostra que ele existe há muito tempo e é mais antigo do que o ego; e é nada mais nada menos do que o secreto “spiritus rector” (espírito diretor) de nosso destino.(…)…o Self é um arquétipo que representa sempre uma situação em que o ego se acha incluído. Por isso, como acontece com todo arquétipo, o Self não pode ficar circunscrito ao âmbito da consciência do ego, mas se comporta como uma atmosfera que envolve o homem e cujos limites é difícil de ser fixado com certeza, tanto espacial quanto temporariamente.
AION – ESTUDOS SOBRE O SIMBOLISMO DO SI-MESMO – 9/2 pág.158