Filme A GRANDE BELEZA
O filme conta a história de Jep Gambardella, um jornalista que aproveitou o sucesso de seu único livro para fazer uma carreira brilhante no mundo mundano da alta sociedade italiana. Aos 65 anos, ao saber que sua namorada de infância morreu, ele faz uma jornada por Roma, buscando amigos, lugares, respostas. Soterrado por sua vida de desperdício e superficialidade, começa a procurar alguma consistência. Parece banal, mas longe disso! É um dos melhores filmes que vi nos últimos tempos.
Esnobe, engraçado, sarcástico, inteligente, Jep diz que não escreveu outro livro porque queria falar apenas sobre “a grande beleza”, e não a encontrou. Mas conforme acompanhamos seu tour, vamos sendo brindados com cenas de enorme beleza, que enchem os nossos olhos, mas são insuficientes para os olhos cínicos dele.
Certa hora ele encontra um mágico, com uma girafa ao lado. – Vou fazê-la desaparecer, diz o mágico e puf – não há mais girafa. Assim, a beleza. Não estou falando de beleza interior, mas da essência que reside no coração das coisas: das obras de arte, dos pássaros, da santidade, do sexo, da amizade, da superficialidade que esconde o sublime.
É difícil descrever esse filme que lembra os de Fellini (La dolce vita em particular): arte, certo non sense, busca simbólica e concreta pelas ruas italianas, calor humano. O ator principal é Toni Servillo, a direção é de Paolo Sorrentino, a inspiração é Fellini. Filme candidato ao Oscar de filme estrangeiro representando a Itália. Vou rever. Recomendo!
texto de Bia Del Picchia
Obrigada pela dica! Beijo!
Ana, obrigada pelo retorno, espero que goste como eu!
beijão