Como funcionam hoje seis sociedades ancestrais dominadas por mulheres
Muiiito antigamente – tipo dois milênios antes de Cristo para trás – dizem antropólogos que havia muitas sociedades matrilineares, isto é, nas quais a herança é passada pela linha feminina e as mulheres têm a escolha de parceiros e o poder em graus variados.
Elas desapareceram com o domínio do patriarcado, mas, surpresa, algumas foram descobertas em lugares bem remotos. É interessante ver um pouco de como funcionam. Traduzi parte de uma matéria que está em: http://www.marieclaire.com/culture/a19105/matriarchies-still-exist-today/
Os Mosuo da China, no sopé das montanhas do Himalaia, praticam algo chamado “casamento ambulante”, que é essencialmente a prática das mulheres escolherem seu parceiro caminhando para sua casa. Muitas mulheres têm vários parceiros e são elas que fazem todas as decisões de negócios. Os homens costumam desempenhar um papel político, mas a pessoa mais respeitada em qualquer família é a avó. Não existe palavra em seu idioma para “pai” ou “marido”.
No povo Minang, na Indonésia, a propriedade, terra e herança são passadas de mãe, a cabeça da família, para a filha. Os noivos são tradicionalmente “distribuídos” à noiva por membros femininos de sua família, que o escoltam para a casa da noiva. Enquanto o chefe do clã é do sexo masculino, as mulheres selecionam o chefe e têm o poder de removê-lo se ele falhar como líder.
Os Akan são um grupo multi-étnico em Gana, entre os quais o poder vem pela linha da mãe e irmãs do homem. As mulheres conduzem os ritos e cerimônias como funerais, e são líderes nas esferas alimentar e doméstica.
Nos Bribri da Costa Rica e norte do Panamá as mulheres herdam as terras, as crianças entram no clã da mãe e as avós são vistas como árbitros da tradição e do conhecimento. As mulheres é que tem o direito de fazer o ritual para preparar o cacau utilizado nos rituais sagrados.
Nos Garos, grupo indígena na Índia e em Bangladesh, as filhas mais novas herdam bens de sua mãe embora os homens detenham o poder e tenham o direito de governar.