O Feminino e o Sagrado um jeito de olhar o mundo

Resignificação: a razão de ser nunca é fixa

A resignificação é uma das etapas da Jornada do Herói que implica numa verdadeira revolução interna, porque põe velhos conceitos de cabeça para baixo.
E fazemos uma releitura do que somos e do que fomos.
Mexendo assim nos fundamentos de nossa história, mexemos no que estamos sendo e vivendo agora.

De outro ponto de vista, podemos dizer que de certa forma estamos fazendo isso o tempo todo, num processo contínuo de re-percepção de nós e do mundo que nos cerca, como que imersos numa criativa revolução permanente.

No texto que reproduzimos abaixo, o psicólogo Pedro Del Picchia fala disso sob essa ótica:

“… Ao encontrar algo pela primeira vez, construímos uma rede de idéias atreladas que nunca termina.Tudo é percebido dentro de um contexto, o prego já pressupõe o martelo, que traz o martelar, a parede, o furo e assim por diante.

Sem o prego, não há martelo.

Podemos levar isso para a vida normal, “eu não existo sem você”, como disse Vinicius. Ele não estava errado, porque somos amantes da pessoa enquanto ela existe para nós, quando ela deixa de existir passamos a ser outra coisa. O martelo pode ter outras significações, outros usos. Porque justamente somos nós que damos a ele a sua razão de ser.

Quando colocamos no outro a nossa razão de ser e perdemos isso, percebemos que nós não somos martelos e que a razão de ser nunca é fixa e determinada por outro…”

Se quiser ler o artigo todo, acesse http://pedropsico.wordpress.com/
 

Texto e criação gráfica de Beatriz Del Picchia, desenhos Cristina Balieiro

 

2 comentários

  1. Muito bom! Em muitos casos, após a ruptura de um relacionamento é que ambas as partes podem se "ver" melhor e assim recobrar o que lhes pertence realmente. Beijos.

  2. pedropsico disse:

    Exato, mas não só em ruptura de relacionamentos, mas no mesmo relacionamento. Outro dia eu li que o "segredo" para um bom casamento é casar-se várias vezes, nem que seja com a mesma pessoa.

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