Para se conectar com o melhor em você, desconecte-se
Para entrar em contato com a Força interna (com a própria alma, ou com o Divino, a Fonte, o melhor de si mesma, a serenidade, o Tao, a Deusa), Campbell sugeriu uma espécie de ritual sem vínculo com qualquer religiosidade e adequado para hoje.
Ele dizia que todos nós precisamos criar um lugar e hora especial para nós mesmas. O que é isso?
É reservar algum lugar e alguns minutos do dia em que não lemos noticias, não falamos com ninguém, não atendemos nenhuma solicitação, não fazemos nada “util”, entre aspas. Se ele vivesse hoje, diria: sem celular, sem internet, desplugado. É uma espécie de meditação.
Se facilitar, ainda diz ele, você pode usar uma imagem, ouvir uma musica adequada, como de mantras, tambores, flautas, sons da natureza. Você pode apenas ficar prestando atenção na própria respiração ou imaginar que está num lugar protegido: no centro de uma mandala, numa caverna, embaixo de uma arvore, na beira do mar.
Importante: não fique fazendo planos, discutindo mentalmente, antecipando o futuro. Volte para o lugar de paz mental se isso acontecer, se quiser com uma imagem na frente mas não virtual, lembra, desconectada!
Vc não tem tempo nem espaço? Bom, Jung disse que até nas casas dos indianos mais pobres – e lá muitos são muito, muito, muito pobres mesmo – as pessoas reservam um pequeno canto para meditação onde podem sentir-se, por instantes, livres da carga com que a vida nos carrega.
Quanto ao tempo, bom, vivemos numa correria que a simples ideia de parar um pouco é difícil, mas até por isso mesmo esse ritual é valioso para moderar a ansiedade. Se não, as solicitações nos carregam tanto que chega um ponto que não sabemos mais quem somos, o que queremos de verdade da vida, nada…
O Campbell diz que no inicio da pratica desse ritual você pode achar que nada acontece, mas se esperar e repetir, algo vai acontecer. De lá do fundo aos poucos surge a conexão com o que é verdadeiramente você mesma, diz ele. É um momento curativo, para buscar o contato com a Força e vivenciar o que somos.
PS_ Tirei essas fotos no Templo Zulai, lugar que congrega paz mental e paisagem de paz. É uma ponte, mesmo…