Algumas pessoas dizem que não adianta nada fazer perguntas sobre aquilo que não é possível ter uma resposta definitiva. Coisas como o sentido da vida, o que acontece depois da morte, sobre Deus, etc.
Para que pensar nisso, se não serve para nada?
Bom, veja o que um velho hermetista disse sobre isso:
“…o hermetismo não tem nada a ver com o desejo de obter “respostas certas” para questões, com o mínimo de esforços e o máximo de resultados. As suas “questões” são crises, e as respostas que ele procura são estados de consciência que decorrem dessas crises.”*
Temos visto que, fazendo essas perguntas, as pessoas têm ampliações de consciência que muitas vezes as levam a reconhecer, legitimar e botar o pé na sua Jornada de herói.
A própria busca e a ousadia de ir atrás daquilo que “não serve para nada”, “não tem resposta” abre possibilidades surpreendentes sobre nós mesmos, sobre as outras pessoas e sobre a vida concreta.
É a diferença entre manter uma porta aberta ou fechada. É ver o distante horizonte e caminhar para ele, em vez de dizer: – Ah, que adianta, nunca vou chegar lá.
Talvez não. Mas com certeza se chega a um ponto bem adiante do que aquele que se está agora.
* Livro Meditações sobre os 22 arcanos maiores do tarô, carta da Torre. Autor anônimo, Ed. Paulus, coleção Amor e Psique.Texto e fotos de Beatriz Del Picchia
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