Os personagens que nos habitam na poesia de Rumi e na psicologia de James Hillman
James Hilmann, o renomado psicólogo contemporâneo, afirmava que temos por dentro uma multidão de personagens que nos visitam de vez em quando: somos às vezes uma criança carente, outras um trapaceiro, uma velhinha rabugenta, uma dama romântica ou uma melancólica desiludida, e por aí vai.
Rumi, o místico sufi do sec. XIII, disse o mesmo em língua poética. Além dessa semelhança, os dois recomendam a mesma coisa para tratar esses personagens ou estados de espírito: acolhe-los, ouvi-los com carinho, negociar com eles e deixar-se guiar apenas pela doçura.
Recolhi essas poesias no site do Pedro Tornaghi; se quiser ler mais clique aqui.
O ser humano é uma casa de hóspedes.
Toda manhã uma nova chegada.
A alegria, a depressão, a falta de sentido, como visitantes inesperados.
Receba e entretenha a todos, mesmo que seja uma multidão de dores
que violentamente varre sua casa e tira seus móveis.
Ainda assim trate seus hóspedes honradamente.
Eles podem estar te limpando para um novo prazer.
O pensamento escuro, a vergonha, a malícia, encontre-os à porta rindo.
Agradeça a quem vem, porque cada um foi enviado como um guardião do além.
Toda manhã uma nova chegada.
A alegria, a depressão, a falta de sentido, como visitantes inesperados.
Receba e entretenha a todos, mesmo que seja uma multidão de dores
que violentamente varre sua casa e tira seus móveis.
Ainda assim trate seus hóspedes honradamente.
Eles podem estar te limpando para um novo prazer.
O pensamento escuro, a vergonha, a malícia, encontre-os à porta rindo.
Agradeça a quem vem, porque cada um foi enviado como um guardião do além.
Ainda que a água salgada
faça nascer mil espécies de frutos,
abandona todo amargor e acridez
e guia-te apenas pela doçura.
É o Sol da revelação que opera todos os milagres:
toda árvore ganha beleza,
quando tocada pela luz.
post de Bia Del Picchia