Ori, destino, livros e carnaval
Nesse carnaval lembrei de outro há 5 anos, quando eu e Cris passamos os feirados escrevendo para o próximo livro, O Circulo de Mulheres. Lembrei também que a Mãe Solange, zeladora de candomblé entrevistada do Feminino e o sagrado, livro anterior, disse que “quando você está no seu ori (destino) é como se estivesse pulando carnaval na Mangueira, você vive isso naturalmente”.
Mesmo que estivéssemos tratando do tema não tão fácil que é a relação sobre mães e filhas, foi um carnaval que vivemos no seu melhor. Aqui trecho do que escrevemos:
“Começamos a escrever este capítulo no carnaval de 2018. Como os outros, ele foi pensado e embasado em pesquisas e em sólidas referências, mas também na nossa vida cotidiana e privada: enquanto escrevíamos sobre ser avó (e ser mãe, e ser filha), nós duas vivíamos a função de avós tomando conta de nossos netos, filhos das nossas filhas. A gente contava contos de fadas e de super-heróis, cozinhava para eles, consultava livros, conversava e trabalhava neste texto – do jeito que mulher faz, um monte de coisas ao mesmo tempo.
Além disso, também nessa época fizemos um encontro de mitologias do feminino sobre mães e filhas que enriqueceu ainda mais essas reflexões. O geral e o particular, o grandioso e o miudinho, a rua e a casa, o abstrato e o concreto, os depoimentos do nosso círculo feminino, as pesquisadas, as pesquisas e as pesquisadoras estão aqui, tudo junto.
Femininamente junto”.
Círculo de Mulheres – as novas irmandades, Ed Ágora