O Feminino e o Sagrado um jeito de olhar o mundo

Sobre integridade


Como pode o feminino sagrado negar o lado sombrio da jornada, se uma de suas características mais marcantes é a afirmação da vida e a vida é SEMPRE luz e sombra?
Eva, que comeu da árvore do conhecimento e Pandora que abriu a caixa perigosa (apesar de denegridas pelo autoritarismo da tradição patriarcal) são duas das mulheres míticas que mostram isso: tudo deve ser visto, tudo tem que ser considerado, experienciado, experimentado, conhecido, integrado!
Não existe proibição à consciência se faz parte do grande Mistério de estar vivo!
Como diz Sherry Ruth Anderson: Se, no percurso da mulher rumo à maturidade espiritual, existe uma ética, ela se refere à valorização do processo, a tomar como verdade aquilo que é a experiência global da pessoa. Transportar o portal do sagrado define um início, um compromisso com o divino que não procura por de lado a escuridão da jornada, olhando-a, sim, como um mistério a ser decifrado a seu tempo. Trata-se, em certo sentido, da reabilitação da história de Pandora.

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