Rituais de fim de ano
Eu adoro rituais! Como toda linguagem simbólica os rituais falam à nossa alma. E trazem, em seu nível mais profundo, esse Mistério, que é o espelhamento do mundo interno com o mundo interno.
Por sua vez, acredito que todos os ciclos são individuais e os do calendário apenas uma abstração coletiva.
Mas, não podemos negar que quando todo o planeta se prepara para o encerramento de um ano e o início de outro, a energia gerada por essa expectativa ajuda a que façamos algo parecido.
Então, gostaria de sugerir a todas e todos que criassem seu próprio ritual para “deixar morrer” 2011, celebrando o que ele trouxe de bom, desapegando do que ele trouxe de ruim e abrindo o espaço para 2012.
Eu tenho os meus e são bem simples, mas ressoam fortes para mim.
A primeira coisa é, já no início de dezembro, comprar uma agenda para o ano seguinte. Como psicoterapeuta uma agenda é essencial ao meu trabalho – ela será minha companheira o ano todo – então dou a sua escolha uma importância especial.
E não é que ela tenha que ser chique, sofisticada, nada disso. Só para vocês saberem, a que escolhi esse ano é da linha Zen, da Tilibra e custou menos de R$30,00. Minha escolha é baseada na sensação: gostei, quero você na estante ao meu lado, quero que seja o espaço de registro do que vou viver nesse meu novo ano.
E compro também uma caneta, para a escrita nova que irá logo começar. Aliás, esse ano, comprei duas: uma porque desliza com suavidade no papel e outra porque a cor é linda, azul celeste.
Outra coisa a que dou atenção e compro é um calendário de parede. Esse é um ritual relativamente novo. Começou em 2009 para 2010. Minha querida amiga-irmã de alma, Cássia, me deu um calendário das deusas: LINDO – marcou aquele meu ano.
Para 2011, escolhi um com as pinturas da Geórgia O’ Keefe, uma das minhas pintoras favoritas. Queria trazer esse feminino pleno, forte e doce que emerge de suas pinturas para minha vida!
Esse ano, depois de muitas idas à Livraria Cultura e de muitas dúvidas, de repente me deparei com o que queria: um calendário com obras de James C. Christensen, artista que não conhecia. É uma mistura de beleza, detalhes, cores, imagens oníricas e fantasia que quero trazer ao meu 2012.
Faço também uma limpeza e jogo fora ou dou a outras pessoas, especialmente anotações, cadernos e livros (que são as coisas mais pessoais para mim): é como se desse adeus aquilo que finalizou seu ciclo em minha vida, para dar espaço, criar um vazio para que o novo possa entrar.
Sinto que esses pequenos gestos me permitem abrir minha mente, meu coração e minha alma para dar adeus, com pena, saudades ou alívio ao passado vivido e, ao mesmo tempo, boas vindas ao inesperado, ao desconhecido, ao novo, ao futuro que se apresenta.
E viva a vida que continua e que, se a gente permitir, se renova sempre!
PS: O desenho maravilhoso que ilustra esse post é a capa do meu calendário.
Texto de Cristina Balieiro
Também faço o ritual da agenda e do calendário, com o mesmo sentimento. 🙂
Muita energia em 2012 para você!!
Que 2012 venha fresco e novo, Mel, para vc e todos nós!
Cris