O Feminino e o Sagrado um jeito de olhar o mundo

Remédios para os males da ansiedade e depressão – parte 2


Como contei no post do dia 21 fui ao Sesc Sorocaba falar sobre remédios contra os males da depressão e da ansiedade e fui contar mitos de Deusas. Primeiro falei de Héstia e contei isso na primeira parte dessa série de postagem. Depois falei da Mulher Búfalo Branco, que conto aqui hoje. Semana que vem, dia 4 de abril, encerro com Uzume.

A Mulher Búfalo Branco é da tradição do povo nativo-norte americano Dakota que vivia nas pradarias próximas aos rios Missouri e Mississipi, no planalto central dos Estados Unidos. Eles viviam da caça dos búfalos e aproveitavam tudo deles: a carne como alimento, os ossos como armas e ferramentas e a pele para roupas e tendas. Existia entre as manadas de búfalos um animal muito raro e considerado por eles sagrado – o búfalo branco (provavelmente um animal albino), mas que tinha para esse povo a conexão direta com Wakan Tanka, o Grande Espírito. Esse mito conta que foi a Mulher Búfalo Branco que,  num tempo de grande fome em que a tribo poderia ser extinta,  os salvou trazendo de volta da Visão do Sagrado  e o cachimbo que os conectava com o Grande Espírito. Foi ela também que os ensinou os 7 rituais sagrados e é considerada a iniciadora da cultura Dakota.

Contei seu mito e nosso papo girou em torno do tema da importância fundamental, muitas vezes negligenciada, quando não totalmente esquecida, de não perdermos a Visão da alma. E como disse a elas, não alma no sentido que a religião dá, mas como a nossa psique mais profunda, a nossa essência mais verdadeira.

 Descobrir e reconectar-se com aquilo que alimenta nossa alma. Aquilo que nos dá prazer e senso de plenitude, sem nenhuma intenção utilitária. São escolhas absolutamente pessoais: para cada uma pode ser algo singular, específico.
A vida imaginativa.
• A arte.
• Os fazeres que nos trazem a sensação de plenitude, sejam quais forem.
• Meditação, oração, rituais.
• Animais, plantas, natureza
• Amigos, conversas profundas e verdadeiras.
• Aprender/estudar o que se gosta, etc, etc…

E aí, abrir espaço para isso na vida, não como hobbies, que se faz quando temos tempo sobrando ou com certa vergonha por estar perdendo tempo, mas como necessidades vitais. Afinal, são alimentos para a alma e tão ou mais necessários que os alimentos para o corpo. É preciso ver o tempo despendido com essas coisas como tempo em função da vida e não como desperdício.

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