O Feminino e o Sagrado um jeito de olhar o mundo

Refletindo sobre mulheres, história e o princípio feminino – 2

Continuando com trecho da palestra que fiz num encontro da empresa Skania com jornalistas mulheres que atuam no ramos automotor.

 

(…) vejo, mais que diferenças entre homens e mulheres, diferenças entre os Princípios masculino e feminino, que todos nós seres humanos temos dentro de nós.
O princípio masculino está ligado ao Logos, a razão, a discriminação, a separação, a linearidade, ao planejamento e controle, a competição, ao indivíduo, aquilo que é objetivo, abstrato, o foco no produto e na sua qualidade.
O princípio feminino está ligado a Eros, aos sentimentos, a inclusão, a diversidade, as teias, ao ciclo, ao fluir, a cooperação, ao grupo/todos, aquilo que é subjetivo, ao pessoal, ao foco no processo e a seu significado.
Apesar deles coexistirem em todos nós, o princípio masculino é associado aos homens e o feminino as mulheres.

Nenhum deles é melhor ou pior que o outro, são complementares. O problema é que na nossa cultura o princípio masculino é considerado melhor ou muito melhor que o feminino e está exacerbado, trazendo unilateralidade e criando doenças na vida e nas pessoas. Claro que se eu vou fabricar um caminhão o foco é no princípio masculino, é isso que garante a qualidade. Mas se eu estou me relacionando eu devo também usar o princípio feminino.

Vamos ao mito grego da deusa Atená ou Palas Athena.

A Deusa Métis era uma divindade do oceano conhecida por sua sabedoria, e foi a primeira esposa de Zeus. Rezava uma profecia que Zeus teria com ela uma filha e depois um filho. E que os dois filhos posteriormente destronariam o pai.
Quando Métis engravidou, Zeus, preocupado com a profecia, enganou a esposa. Ele fingiu que estava brincando e pediu a ela que ficasse bem pequenininha. Quando ela o atendeu, Zeus a engoliu. Gestou então a filha em sua cabeça.
Findo o tempo de gestação, Zeus teve uma terrível enxaqueca e pediu a Hefesto, Deus das Forjas, que lhe abrisse a cabeça com um machado. De dentro da cabeça de Zeus saltou Athená, bradando um grito de guerra, adulta, vestida e armada!
Athená – ou, como também é conhecida, Palas Atena – considera que só tem pai, não tem consciência de que teve uma mãe. Torna-se a filha preferida de Zeus, seu braço direito e é a única a quem ele empresta seus raios, o símbolo de seu poder.
Athená é a principal protetora,conselheira e aliada dos heróis gregos. Na tradição romana, é conhecida como Minerva. Ela valoriza o pensamento racional, a visão prática da vida e o domínio da vontade e do intelecto sobre o instinto e a natureza. É a Deusa da Estratégia e da Guerra, da Inteligência, da Razão, da Justiça – preside
as artes, o artesanato, a literatura e a filosofia.

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