O Feminino e o Sagrado um jeito de olhar o mundo

A importância de conhecer a História das mulheres


(…) consideramos fundamental que todas conheçam melhor a história de nossos grupos e círculos, pois ela mostra que muitas mulheres lutaram por nossas conquistas, mesmo que delas não tenham podido usufruir.

Como disse a jornalista Nana Queiróz no prefácio de livro Lute como uma garota – 60 feministas que mudaram o mundo (2018, p. 10): “Somos nós as herdeiras dessas mulheres. Cabe a nós levar adiante seu legado no pequeno e no grande espaço a ser preenchido por nós. Cabe a nós abdicar o direito de desistir. Cabe a nós não aceitar sermos definidas por nada menos que a liberdade”.

Continuando nosso breve relato, em 1999 a já citada analista junguiana Jean Shinoda Bolen lançou nos Estados Unidos o livro O milionésimo círculo (2005), no qual propõe que os círculos de mulheres podem acelerar a mudança da humanidade para uma era pós-patriarcal.

Usando a alegoria de O centésimo macaco (1995), escrito por Ken Keynes Jr e baseado na Teoria do Campo Mórfico do biólogo Rupert Sheldrake – que afirma que quando um comportamento atinge seu número crítico torna-se um padrão para a espécie –, ela defende que se as mulheres se reunirem em círculos em quantidade suficiente podem mudar o mundo patriarcal, violento e excludente em que vivemos, tornando-o melhor para todos.

Enfim, da ótica poética, o escritor José Saramago diz em seu livro Memorial do convento (2013, p. 109): “A grande, interminável conversa das mulheres, parece coisa nenhuma, isto pensam os homens, nem eles imaginam que esta conversa é que segura o mundo na sua órbita, não fossem falarem as mulheres umas com as outras, já os homens teriam perdido o sentido da casa e do planeta”.

Trecho do livro “Círculos de Mulheres – as novas irmandades”.

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