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Os ciclos e as Moiras


Como em muitas outras tradições, os gregos usavam a fiação e a tecelagem como metáforas para o tempo da vida de uma pessoa. Era o tamanho do fio da vida de cada um que marcava a duração de sua permanência na Terra. Cada uma das Moiras, tinha uma função diferente nessa “tecelagem”.

Cloto, era a primeira e aquela que fiava os fios da vida das pessoas. Como fiandeira, ela segurava o fuso e ia puxando com destreza cada um desses fios. Muitas vezes era identificada com a lua crescente e representada como uma jovem mulher.
Láquesis, a segunda, enrolava cada fio enquanto ia medindo sua extensão, determinando o tempo da vida da cada um. Era vista como a lua cheia e representada por uma mulher madura.
E quem cortava o fio, terminando a vida da pessoa era Átropos, a que não voltava atrás, a chamada de “a inflexível”. Era identificada com a lua minguante e representada como uma mulher muito idosa.

Assim como sua mãe Nix, as Moiras não tinham qualidades personificadas como têm os outros deuses gregos posteriores, que possuem marcantes características de personalidade, muitas vezes bem próximas dos humanos. Nem há também histórias míticas em que elas sejam personagens. As Moiras eram consideradas fundamentalmente uma força da natureza, nem boas, nem más, que respondiam somente a lei natural do desenvolvimento de tudo e todos, dentro da visão de um cosmo ordenado e interligado como tinham os antigos gregos.

Trecho do livro O LEGADO DAS DEUSAS 2

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