O Feminino e o Sagrado um jeito de olhar o mundo

O que você está vendo aqui?


Nesse fim de semana, fui a um workshop de Amit Goswami, professor aposentado de física da Universidade de Oregon, hoje pesquisador de cosmologia quântica, buscando unificar espiritualidade e física quântica. Participou do filme Quem somos nós? (What The Bleep Do We Know?), e é autor vários livros, como A Física da Alma, A Janela Visionária, etc.

Certa hora, ele projetou a imagem acima, e perguntou se estávamos vendo as duas figuras, a da moça e a da velha.
Eu já conhecia essa imagem, mas, não sei por que, naquela hora só via a moça, e não conseguia enxergar a velha. Tentei, tentei, sabia que estava lá, mas nada de vê-la.
Fui ficando irritada, com aqueles pensamentos tipo: como não consigo ver algo que já vi, que sei que existe, que deveria ver… Bom, vocês sabem como é.

Então, parei. Fechei os olhos, isolando-me do mundo externo. Não escutei mais nada, respirei lentamente, voltei a mim.
Abri os olhos e vi a velha.
E aí fiquei brincando de ver a moça e a velha rapidamente, alternando de uma para a outra: moça-velha-moça-velha… Foi pura liberdade, diversão e alegria.
Até achei que aquela imagem poderia, tipo uma mancha de Rorschach, ter mais de duas figuras; quem sabe lá eu não acharia também um bebê, uma paisagem, um… Viajei, mesmo.

Na hora do café, quando contei isso para a Monika von Koss, ela me disse que, como terapeuta, sua função é mostrar ao paciente justamente isso: uma outra visão do que ele está vivenciando.
Quantas vezes a gente fica preso a uma única visão negativa de um fato (por exemplo, uma doença), achando que ela exprime a “realidade”?
Mas aí, de repente, uma terapeuta ou uma amiga, ou um livro, um filme, uma meditação, pode nos trazer outra visão, quer dizer, um outro significado ou interpretação daquilo.

Essa outra visão não muda diretamente o fato em si (a doença).
O que ela muda é o modo que a encaramos – e esse outro modo é que vai mudar o jeito de lidarmos com aquilo (por exemplo, vamos procurar métodos alternativos de cura).
A imagem não mudou, eu é que a enxerguei de outra forma.
Como diz o Amit, a “realidade” é também uma questão de ponto de vista: moça-velha-moça-velha…

Texto de Beatriz Del Picchia, ilustração internet

4 comentários

  1. Elaini disse:

    nossa, já tentei até e não consigo ver a velha!! alguma dica???

  2. Anônimo disse:

    Elaine, tente fazer como eu fiz: feche os olhos, respire fundo, tire a tensão e a expectativa… A ideia é que mudando o estado de espirito a gente pode mudar a percepção.
    Bia

  3. Anônimo disse:

    eu nao consiguia ver a moca

    agora vejo as duas
    avelha esta olhando para voce, esta de meio perfil.
    o queixo da moca e o naris da velha.

  4. Porque eu não consigo ver a moça, só consigo ver a velha, não acho a moça de jeito nenhum. :S

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