O Feminino e o Sagrado um jeito de olhar o mundo

MULHERES MARCANTES: Lillian Hellman (1905/1984)

Lillian Hellman foi uma escritora e teatróloga norte-americana. 

Lillian estudou na Universidade de Nova Iorque e na Columbia, entre 1922 e 1924, mas não se formou em nenhuma delas. Trabalhou no jornal New York Herald Tribune, como crítica literária, de 1925 até 1930. Em 1930 conheceu o escritor Dashiell Hammett com quem viveu por mais de 30 anos, até a morte dele em 1961. 
No mesmo ano começou a trabalhar como leitora de roteiro para a Metro-Goldwyn-Mayer, em Hollywood, selecionando os roteiros que deveriam ser lidos pelos produtores do estúdio. 

The Children’s Hour foi seu primeiro texto para o teatro e estreou na Broadway em 1934. A peça trata de uma falsa acusação de relação homossexual entre duas professoras de uma escola para meninas, e fez estrondoso sucesso na Broadway, embora tenho sido proibida em cidades como Boston, Chicago e Londres. 

Junto com Dashiell Hammett uniu-se a intelectuais e escritores como Clifford Odets, John dos Passos, Ernest Hemingway e Arthur Miller no combate ao nazismo.

Em 1939, escreveu The Little Foxes, que também foi sucesso de público e crítica. A própria Lillian adaptou o texto para o cinema. O filme, dirigido por William Wyler, foi lançado em 1941, ganhou o nome de Pérfida e tinha Bette Davis no papel da personagem Regina Giddens. 
Em seguida, escreveu duas peças antinazistas, Watch on the Rhine, em 1941, e The Searching Wind, em 1944. Em 1946, escreveu Another Part of the Forest

Em 1951, Lillian e Hammett foram colocados na lista da caça às bruxas, promovida pelo senador americano Joseph McCarthy e chamados para depor na Comissão Parlamentar de Inquérito sobre Atividades Antiamericanas. Os dois recusaram-se a delatar colegas e com isso foram colocados na lista negra de Hollywood. Ele ficou preso por seis meses e ela não tinha mais trabalho. Com isso tiveram que vender sua casa e ela volta para Nova Iorque. 
Lá continuou a escrever a adaptar peças para o teatro e a ensinar escrita criativa na Universidade de Nova Iorque, Yale, Harvard e no IMT.

Nos seus últimos anos de vida escreveu três livros autobiográficos: Uma mulher inacabada (1969), Pentimento – um livro de retratos (1973), Caça às bruxas (1976), onde narra a perseguição que ela e Hammett sofreram e as consequências disso em suas vidas.

Em 1977, Fred Zinnemann dirigiu o filme Julia, baseado no conto Julia, que faz parte do  livro Pentimento. O filme concorreu e ganhou inúmeros prêmios, inclusive 3 Oscar. Teve Jane Fonda no papel de Lillian, Vanessa Redgrave como sua amiga Júlia e Jason Robards como Dashiell Hammett.


Lillian morreu de um ataque do coração aos 79 anos.

3 comentários

  1. Nossa, Cris! Agora no carnaval, lá no apto da praia (onde guardo algumas "relíquias" como livros e vinis dos quais não me desapego), folheei meu livro Pentimento e emprestei-o para a Erika, recomendando fortemente que ela assistisse "Julia" na sequência. Não sei quantas vezes vi esse filme…sei que no cinema foram quatro…Jane Fonda e Vanessa Redgrave, nada mais a comentar…Bjs e gratidão!

  2. Eu também amei o livro e o filme Wan! Li depois os outros dois, tenho a maior admiração pela Lillian – que mulher! Sabe, fazer essa série de Murlheres Marcantes está sendo uma viagem para mim: estou adorando!
    Grande bj e saudades! Cris

Deixe um comentário para Wanice Bon'ávígo Cancelar resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.