Gatos e livros, igual a goiabada com queijo
Eu sou gateira. Tenho dois persas: um grande, gordo, preguiçoso, alaranjado (quase igual ao Garfield), chamado Merlim e uma pequenininha, ágil, muito tímida e preta chamada Morgana. É, moro com dois bruxos!!!
Já disse em outro post que acho que gatos e livros combinam muito bem. Em primeiro lugar pelo silêncio dos felinos. Só quem tem ou já teve gatos sabe a capacidade deles de viverem de forma absolutamente silenciosa (claro, os machos quando não estão brigando pelo território e as fêmeas quando não estão no cio: aí drama mexicano é pouco).
Eles vêm nos receber quando chegamos em casa com uma festa silenciosa, andam, pulam e correm de tal forma que se você não estiver olhando, tropeça neles, encostam e se enroscam em você que só dá para perceber pelo contato físico.
Esse silêncio tem tudo a ver com a leitura, com os livros. Claro que a gente pode ler em qualquer lugar, na muvuca que for, mas ler rodeada pelo silêncio é maravilhoso. Ficam só no ar, as palavras do-da escritor-a e as nossas reflexões e emoções despertados pelo livro. É uma troca profunda. E o silencio do gato compõe!
Além disso, os gatos trazem um quê de mistério e profundidade que também combina muito com a aventura de ler. É um mistério como um livro, quase sempre escrito por alguém que a gente não conhece e nunca vai conhecer, que muitas vezes já morreu ou viveu em mundos que você nem consegue imaginar, pode falar tanto a nossa alma, nos tocar tanto e muitas vezes nos transformar!
E gatos em casa trazem uma sensação de aconchego – estão sempre em nossa companhia – que combina esteticamente com sentar em nossa poltrona favorita, pegar uma caneca de café com leite quentinho ou uma taça de vinho e abrir um livro que estamos adorando ler!
Por isso gostei bastante da proposta de design de Corentin Dombrecht, dessa estante para livros e gatos. A minha não é assim, mas é quase!
Texto de Cristina Balieiro