O Feminino e o Sagrado um jeito de olhar o mundo

Evocando Tara


Estamos muito precisados de evocar Tara!

Tara é conhecida no budismo como a Mãe de Todos os Budas, a Grande Deusa Bondosa, a Que Protege de Todos os Medos, e também como a Senhora dos Barcos, aquela que salva os náufragos do oceano do samsara (ciclo do eterno nascimento-morte-renascimento) para a outra margem, o nirvana (iluminação/libertação da roda do samsara).

Tara é dona de um ouvir atento, gentil, amoroso, compassivo: ouve todos os que sofrem. É conhecida por ajudar aqueles que a chamam em tempos tumultuados, auxiliando-os a seguir por um caminho mais claro, a fim de que encontrem o silêncio e a força interiores. Nos momentos em que nos sentimos frágeis e vulneráveis, é a Tara que devemos recorrer.

Seu mudra (gesto simbólico sagrado feito com as mãos) da mão direita é o de “dar-oferecer”, indicando sua habilidade para oferecer a todos os seres aquilo de que necessitam, enquanto a mão esquerda, na altura de seu coração, faz o mudra de “oferecer refúgio” – refúgio, no budismo, significa proteção.

(…) doçura, cuidado com os outros, bondade, meiguice e também gentileza, delicadeza, ternura, amabilidade, empatia e compaixão são sentimentos/atitudes que tornam a vida boa de ser vivida, fazem do mundo um lugar mais suportável e permitem o exercício da esperança no ser humano.

Estamos precisando desesperadamente de Tara e de suas lições. Precisamos com urgência criar um espaço no qual o humano, em seu sentido pleno, seja respeitado e honrado; no qual nos sintamos mais acolhidos e possamos, como Tara, “oferecer refúgio” uns aos outros.

A compaixão nos faz ver a todos como irmãos, filhos da mesma Terra, e que cuidarmos melhor uns dos outros e da nossa nave-Mãe é a nossa única salvação!

Trechos do livro O LEGADO DAS DEUSAS (volume 1)

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