O Feminino e o Sagrado um jeito de olhar o mundo

A deusa maia Ixchel e a maternidade

Como “Caverna da Vida”, como deusa da fertilidade, dos partos e gestações, da Lua e das águas, Ixchel nos convida a pensar sobre a maternidade, especialmente a maternidade exercida enquanto os filhos são pequenos.

“Mãe é tudo igual, só muda o endereço!” Vamos começar com essa frase que parece uma inofensiva brincadeirinha, mas que traz embutida uma crença transvertida de verdade: que a maternidade é sentida e vivida de forma praticamente similar por todas as mulheres. Não há qualquer alusão ao fato de sermos diferentes umas das outras, de sermos pessoas singulares e que por isso vivemos as experiências que a vida nos traz também de formas diferenciadas.

O que se prega é que mulher que é mulher, ao se tornar mãe tem a mesma experiência que todas as outras mães têm e tiveram, que a maternidade é uma vivência única, igual para todas. Além de se considerar a maternidade uma experiência universal, ela vem coberta de um caráter profundamente fantasioso e idealizado! Curioso é que dos homens que se tornam pais não se espera isso…
Essa visão padronizada do que deve ser uma mãe digna desse nome é mais uma das camisas de força que a cultura patriarcal usa contra as mulheres. Roguemos a Ixchel, essa deusa poderosa, que nos salve dessa armadilha!

(…) Finalizando é importante também dizer que qualquer mulher pode exercer sua forma singular de maternagem sem precisar ter filhos: pode ser com sobrinhos, afilhados, animais, projetos, causas…
Que Ixchel nos abençoe e nos ajude a ser uma mãe “boa o suficiente” e a pessoa mais autêntica possível para nossas crias!

Trechos do livro LEGADO DAS DEUSAS 2

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