A Imperatriz
Texto DE BETOH SIMONSEN
Outro arcano feminino do tarô na visão do autor Betoh Simonsen – contato betohsimonsen@uol.com.br e www.clubedotaro.com.br
A Imperatriz
Uma antiga visão de integração de tudo com tudo foi se perdendo gradualmente, inicialmente com a lógica de Aristóteles e a religião judaico-cristã, colocando toda a natureza e seres viventes como separados da humanidade e tendo como missão principal servir ao ser humano.
Esta tendência de separação continuou no espírito inquisitorial e conquistador contra todas as tendências pagãs e concluindo com o espírito mecanicista que foi impregnando o pensamento cientifico.
Hoje está começando a haver um resgate da consciência de unidade em diversos campos da experiência humana. Para citar apenas um, podemos nos lembrar do pensamento ecológico. Capra nos lembrou que existem dois tipos de ecologia, um que se chama de ecologia superficial, que ainda enxerga o homem comandando a natureza, mas fundamentalmente fora dela; e a visão ecológica profunda percebendo o homem como fazendo parte da natureza.
Se conseguirmos imaginar ondas de ressonâncias inter-relacionadas, poderemos perceber a relação dos animais selvagens e nossos instintos; que se nossos rios estiverem poluídos, nossas emoções estarão atrapalhadas e vice-versa; se esburacamos nosso planeta de uma maneira desmedida teremos um grande aumento de osteoporose, se não cuidarmos de nosso ar, nossos pensamentos também estarão escurecidos e assim por diante.
Nossa Terra e nossos corpos estão interligados.
Nossas vontades internas, nossas emoções mais violentas, nossos pensamentos mal resolvidos são verdadeiros redemoinhos, furacões, vulcões, terremotos, etc.
A força da Imperatriz pode ser traduzida pela força da natureza selvagem, no sentido de natural; nossa natureza exuberante e criativa que aparece quando agimos sem bloqueios e quando estamos em harmonia com a energia de nosso ambiente.
Uma dama sentada em uma poltrona vermelha, em meio a uma vegetação abundante e a um trigal, simbolizando a colheita e prosperidade. Cetro de poder, simbolizando autoridade sobre o reino natural.